Presidenciáveis engalfinhados na
briga por apoios regionais, montando até palanques triplos. Tem caso até em que
os candidatos a governador, perdedores ou não, em um só Estado, apoiam uma só
candidatura. Na verdade, os interesses regionais nem sempre coincidem com os
acordos firmados em Brasília e a nível nacional. Aqui em MT, o caso do PDT
Nacional impondo sua escolha de apoio na candidatura à presidência. Através de
Carlos Lupi e seus aliados de interesses iguais, defenestrados na tal faxina
ética promovida cosmeticamente pela Presidente. Tanto que reconduziu-os a
cargos públicos de relevância. Assim, é um “vale tudo” em alianças instáveis e
voláteis na confiança, lutando os concorrentes por palanques amplos, triplos e
até divididos. É bom refletir sobre a AL de MT, quando poderá retomar de fato a
possibilidade de vir a ser um parlamento republicano? Os discursos de ética,
transparência e democratização em muitos eleitos, podem estar encobrindo o real
caminho inverso desejado. Temos que sair da miséria parlamentar retratada na
maioria que já conhecemos, apresentando e aprovando projetos inócuos,
contemplativos, com permanentes e discutíveis investidas para facilitar a
apropriação do dinheiro público. O perfil de eleitos a nível nacional estadual,
maioria não é promissora, por antecipação. É pressionar e “pagar para ver”. No
entanto, já está até lançado o estopim para chegar a uma benéfica estratégia de
denúncia e execração pública de parlamentares que não honrarem seus mandatos.
Certo é que a indignação do povo continua, assim, será possível jogar práticas
parlamentares indecorosas à denúncia pública sistemática. O peso histórico de
famílias nos parlamentos continua grande, aliás, crescendo, apesar de que em
poucos casos o coronelismo não está conseguindo se manter com mandatos sem a
compra desavergonhada de votos. Para não chegar ao “ninho de ratazanas” do nepotismo
(mais amplo que famílias) em cargos públicos, lembremos de uma pesquisa
efetuada em 2010. Encontrou 150 parentes enfiados nas siglas partidárias. Isto
cresceu muito (nem é preciso dizer sobre os cargos públicos). Maioria dos
partidos é dominada por grupos familiares, em muitos casos, bem remunerados
para comandos e assessorias. Empregam parentes, amigos e aliados até nas
funções partidárias e de legendas. Isto simplesmente é uma estratégia de poder,
de manter o coronelismo. Melhor que comandar um partido político é mandar em
dois ou mais partidos. Incoerente com a ideia de que as agremiações deveriam
disputar entre si. Assim, o coronelismo domina as siglas partidárias, as
chamada “siglas de aluguel”, colocando desde amigos, prepostos, parentes, a gente
de “confiança” do grupo. Isso remete para maior poder na formação das alianças
eleitorais nos Estados, negociando coisas como, tempo de tevê, cargos de mando
nos futuros governos. Nessa eleição nacional ainda não se vislumbrou a terceira
via possível. Velhos e mofados políticos ainda reconduzidos aos cargos, a si
próprios ou seus prepostos e familiares. Este segundo turno marca uma grande
crise nacional de credibilidade. Poderá dar certo a intensificação da pressão
nos rumos do clamor da nossa gente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário