quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Transporte Coletivo e Tarifas

Fui em uma “roda de papo” com arquitetos e urbanistas ligados ao Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) priorizando intervenções para melhoria do transporte e mobilidade urbana. Sobre tarifas, o prefeito recentemente recebeu uma sugestão de uma professora para redução pelo menos em 50%. Transporte gratuito foi referenciado na França, experiência na cidade de Lion. O prefeito designou técnicos para conhecer detalhadamente este sistema. Lá as empresas contribuem com 36% do valor do transporte para seus funcionários, por entenderem que isto é um investimento. Querem que os trabalhadores tenham um transporte de qualidade e preferencialmente gratuito. O objetivo da prefeitura de Lion é que a população geral tenha assegurado transporte de baixo custo. É polêmica a proposta do prefeito de São Paulo, aumenta em 0,50 o litro da gasolina para subsidiar o transporte coletivo Curitiba é uma das poucas cidades que tem o Conselho e o Fundo Municipal de Transporte Coletivo. A Prefeitura tem uma Comissão de Auditoria de Tarifas, com participação de entidades autônomas. Trabalhadores em nosso país têm direito a 50 vales por mês, com desconto facultativo de até 6% do salário. O fundo municipal teria 6% sobre a folha de pessoal das empresas. Quantos trabalhadores usam vale transporte em Cuiabá? O que pode ser colocado no fundo municipal, além do orçamento fiscal da Prefeitura? É importante saber que as empresas já deduzem 10% de Imposto de Renda com Vale Transporte. Em crise e escândalo de renúncia fiscal em nosso Estado, é bom ficar alerta com a composição possível de fontes de financiamento. É que dinheiro de imposto é dinheiro público, portanto dinheiro do povo. Quem sabe a Prefeitura de Cuiabá poderia mandar técnicos para verificar a eficácia de coisas como, fiscalização, renovação de frota, corredores só para ônibus, e tantas outras idéias e experiências que podem ser adaptadas para nossa realidade. É uma pena que ainda não decidiram criar uma Instituição de Planejamento Urbano em Cuiabá, quem dirá em Várzea Grande? Se Cuiabá está atrasada nesta perspectiva, Várzea Grande está a uma distância muito grande de Cuiabá, que precisa correr com as águas batendo no bumbum. Nas manifestação aqui, grande faixa dizendo: “Nenhum centavo à mais, nenhum direito a menos, ou azedaremos esta Copa!”.Agora,torcer por uma grande devassa no projeto, licitação e construção do VLT da nossa capital. Se conseqüente, quanta gente de “barbas de molho”!

Waldir Bertúlio