Fui
em uma “roda de papo” com arquitetos e urbanistas ligados ao
Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) priorizando
intervenções para melhoria do transporte e mobilidade urbana. Sobre
tarifas, o prefeito recentemente recebeu uma sugestão de uma
professora para redução pelo menos em 50%. Transporte gratuito foi
referenciado na França, experiência na cidade de Lion. O prefeito
designou técnicos para conhecer detalhadamente este sistema. Lá as
empresas contribuem com 36% do valor do transporte para seus
funcionários, por entenderem que isto é um investimento. Querem que
os trabalhadores tenham um transporte de qualidade e
preferencialmente gratuito. O objetivo da prefeitura de Lion é que a
população geral tenha assegurado transporte de baixo custo. É
polêmica a proposta do prefeito de São Paulo, aumenta em 0,50 o
litro da gasolina para subsidiar o transporte coletivo Curitiba é
uma das poucas cidades que tem o Conselho e o Fundo Municipal de
Transporte Coletivo. A Prefeitura tem uma Comissão de Auditoria de
Tarifas, com participação de entidades autônomas. Trabalhadores em
nosso país têm direito a 50 vales por mês, com desconto
facultativo de até 6% do salário. O fundo municipal teria 6% sobre
a folha de pessoal das empresas. Quantos trabalhadores usam vale
transporte em Cuiabá? O que pode ser colocado no fundo municipal,
além do orçamento fiscal da Prefeitura? É importante saber que as
empresas já deduzem 10% de Imposto de Renda com Vale Transporte. Em
crise e escândalo de renúncia fiscal em nosso Estado, é bom ficar
alerta com a composição possível de fontes de financiamento. É
que dinheiro de imposto é dinheiro público, portanto dinheiro do
povo. Quem sabe a Prefeitura de Cuiabá poderia mandar técnicos para
verificar a eficácia de coisas como, fiscalização, renovação de
frota, corredores só para ônibus, e tantas outras idéias e
experiências que podem ser adaptadas para nossa realidade. É uma
pena que ainda não decidiram criar uma Instituição de Planejamento
Urbano em Cuiabá, quem dirá em Várzea Grande? Se Cuiabá está
atrasada nesta perspectiva, Várzea Grande está a uma distância
muito grande de Cuiabá, que precisa correr com as águas batendo no
bumbum. Nas manifestação aqui, grande faixa dizendo: “Nenhum
centavo à mais, nenhum direito a menos, ou azedaremos esta
Copa!”.Agora,torcer por uma grande devassa no projeto, licitação
e construção do VLT da nossa capital. Se conseqüente, quanta gente
de “barbas de molho”!
Waldir
Bertúlio