quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mais Mentiras

Ouvi hoje fragmentos de fala da Presidente na Conferência da ONU: teve que falar uma parte da verdade, que o pais está em crise, senão ficaria ridicularizada. Na Conferencia anterior, cometeu a “gafe” de convocar todos, naquelas condições, para um acordo com o Islã. Hoje aqui no Brasil, a grande mentira é das doações dos legalizados de campanha e a contínua tentativa da Presidente em driblar a crise.com a corrupção agindo sobre o processo político, com o dinheiro obtido criminosamente, esquentado como  “doações registradas” para a campanha do PT e sua coalizão. Doações ilícitas, o esforço é esconder a origem do dinheiro. Enquanto isso, os dois últimos tesoureiros do PT foram presos e condenados por corrupção (Delubio e João Vacari). Assim, existe uma conexão direta entre o mensalão e o petrolão, com os mesmos objetivos. Tentaram “esfolar” Joaquim Barbosa, agora, o mesmo com Sergio Moro. Neste cenário de desespero da Presidente, seu partido e a base aliada, corre factualmente um complô de potencial interesse político. Tentam de todas as formas desmoralizar o Juiz Sergio Moro e sua competente equipe de Promotores, Policiais Federais e toda a logística de pessoal e infraestrutura formada. Uma equipe complexa e de qualidade, que rastreia o intrincado da Operação Lava Jato e suas conexões. A maioria do STF, até que se prove em contrário, é de pouca confiança na seriedade com a justiça. Caso mais escabroso é de óbvias dúvidas, como o caso do Ministro Dias Toffoli, que encaminhou agora a proposta do fatiamento do processo a partir de acusações e prova contra a proeminente petista Gleisi Hoffmann. A proposta foi aprovada. Simplesmente retira esta Senadora e protege preventivamente outros políticos das garras implacáveis e provedoras da verdadeira justiça, sob o comando do Juiz Sergio Moro. Contra isto, o comentário de que “a dispersão das causas penais não serve aos interesses da justiça!” O que fizeram foi questionar a competência da 13ª Vara da Justiça Federal para comprovar a conexão da Empresa CONSIST com o caso Lava Jato. Gleisi, personagem de proa do PT, teria auferido propina na conexão com o Ministério do Planejamento, dirigido na época por seu marido, também figura de mando do partido. Imagine se esta conexão chegar a Itaipu Binacional. A força tarefa dirigida por Sérgio Moro, continua insistindo em manter sobre sua responsabilidade estes casos.  Ocorreram manifestações maciças de apoio a seu favor, no pátio da Justiça Federal em Curitiba. Como a proposta do STF foi de mandar o processo para São Paulo, onde ocorreu o fato, coerente, a equipe propôs dar assessoria e apoio aos trabalhos dos procuradores deste Estado, propondo inclusive um trabalho integrado. Querem estilhaçar o quebra cabeças que vem sendo elucidado gradualmente da maior corrupção já vista com dinheiro público. Isto sim, é um verdadeiro golpe contra a justiça política no Brasil. Na conjuntura de fisiologismo político do presidencialismo de coalizão. A equação é cooptação versus subserviência. Cresceram Ministérios para 39, com o geométrico aumento de cargos comissionados. O corte na diminuição do tamanho da administração pública significa somente 1,6% do total de cargos. Cumpre uma verdadeira cartilha ante republicana com a negociata para manter aliados. O outro lado da equação é que estão reféns de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, do PMDB, que ensinaram a gravitar em torno do poder a qualquer preço. Da subserviência a manter reféns, que ocorre com a Presidente de seu partido, enfraquecidos ao “fundo do abismo” em que meteram o país e o povo brasileiro. Levaram junto movimentos sociais, outrora independentes. Os mesmos, que como o MST, arriscam agora quando não há mais saída, a criticar o governo petista, no “salve-se quem puder”. No mínimo, estes movimentos deveriam ter rompido bem antes as relações para tentar retomar autonomia e a dignidade política. É uma “faca de dois gumes” sob a prática do desmando, da incompetência, sem compromisso público eivada de trapalhadas, assediados hoje por chantagens de todos os matizes. Nada de escolher Ministros decorosos, é fisiologismo puro, contra transparência, a favor da enganação. O “negócio de poder” que colocou o pais em queda meteórica só tem um interesse: de manter os vetos presidenciais a um preço impagável pela população. E de evitar o impeachment com a lança apontada inexoravelmente pelas criaturas que ressuscitaram ao pódio do poder.  Esta é uma insólita cena macabra de descrédito e de indigência política. Não interessa que preço o povo pagará como e quando sairemos desta farsa política? - Mentiras e enganações “a dar com pau”!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Mentira tem perna curta


Aqui em Mato Grosso, após a queda do império de contravenção João Arcanjo, sem que fossem investigadas as relações com autoridades, o grupo mais recente que saqueou os cofres do Estado está com as máscaras caindo. Imagine se Arcanjo conta o que sabe. Temos uma história de verdadeiras gangues que saquearam o Estado e ainda passam por “gente de bem”. Até que enfim, saiu a decisão do STF contrário ao financiamento privado de campanha. A maioria do Congresso quer manter a qualquer custo seus privilégios para facilitar a compra histórica de mandatos. Esse é um retrato geral do Congresso, dos legislativos, manter a chave de permanência da corrupção. Após eleitos, compromisso com o povo é “para boi dormir”. Maioria dos mandatos, a representação dos interesses coletivos é uma farsa. Quanto a luta entre Congresso e STF, especialmente a Câmara Federal, parlamentares não terão vergonha em forçar um retrocesso, tentando medidas para manter o “status quo”. A decisão do STF ocorreu praticamente em prazo final, após enfrentamento dos pedidos de vistas para retardar ou atrapalhar a decisão, que teria que ser tomada até 2 de outubro, um ano antes da próxima eleição. A OAB agilizou uma ADIN pela inconstitucionalidade do financiamento privado de campanha em 2011. O processo só foi retomado em 2014. Para muitos, o Projeto de Lei seria uma deliberação infraconstitucional. Só a aprovação de uma PEC poderia superar a decisão do STF. É isso que a maioria do Congresso quer fazer. No entanto, o Presidente do STF deu como encerrada a polêmica da constitucionalidade ou não, afirmando ter validade a inconstitucionalidade para os partidos a partir de agora, e para as eleições de 2016 em diante. O Ministro Gilmar Mendes, a favor do financiamento privado de campanha, entende que ainda é necessário o STF definir a partir de quando entrará em vigor a decisão do STF contra o financiamento privado de campanha. O PT, que nutriu-se de financiamento privado de campanha com dinheiro público (petrolão) após assumir o poder, está mergulhado em franco desgaste e descrédito. A ponto de formarem recente uma comissão nacional para assessorar o partido, que há muito não conta com militantes e cabos eleitorais espontâneos. Exemplo: no apoio a Dilma e Lula na 5ª “Marcha das Margaridas” em Brasília, lotando o Estádio Mané Garrincha, com 40 mil mulheres lutadoras dos mais longínquos rincões do Brasil, foram repassados recursos no valor de 900 mil doados pelo BNDES, Itaipu e CEF. O Congresso Nacional do MST em 2014 teve patrocínio da Petrobras (650.000), BNDES (450.000), e CEF (200.000). Com a justiça nos calcanhares, isso será bastante dificultado. A coalizão de partidos baseou-se no aparelhamento da máquina pública em todos os níveis de governo, até as Estatais e Fundos de Pensão. Fome incontrolável de arrecadação e gastos em contas falseadas. Toma lá dá cá, garantia de impunidade, qualquer menção a desvios virou demonização e golpismo dos “inimigos da democracia”.  Como no caso do financiamento da campanha da Presidente em 2014. O Ministro do TSE foi advogado de campanha da Presidente, não declarou-se impedido neste processo. Independente de ser ou não favorável ao Impeachment, é previsto na Constituição Federal. Assim caiu Collor, com o PT ocupando as ruas, como também no fora FHC. Nada de golpismo, quando acuados invertem a concepção democrática. Os argumentos do Procurador Geral da República ao TCU sobre as “pedaladas fiscais”, são ridículos. Não é novidade que tenham festejado o orçamento de 2016 por não ter maquiagem! Da cultura da mandioca à “mulher sapiens”, ao “cachorro oculto em cada criança”, ao ser “surpreendida” pela crise anunciadíssima, apela acusando golpes dos inimigos de sempre. O mentor Lula e a pupila Presidente caminham entre a ingenuidade e a perversão do maquiavelismo? Enquanto isso, João Vaccari e Renato Duque, próceres do PT, pegaram agora 15 e 28 anos de prisão.  Acuados, Lula e Dilma ainda acreditam que mentiras repetidas insistentemente viram verdades. Minha mãe, minha avó, diriam: “falta uma réstia de honestidade no trato com o povo”!