Nas
rodas de conversa sobre as eleições no atual pugilato em MT,
recomendei amigos e amigas que assistam o filme “O curioso caso de
Benjamin Button”, estrelado por Brad Pitt, baseado na obra de Scott
Fitzgerald. É uma narrativa sobre um homem que nasceu idoso, a cada
ano foi ficando mais novo, até chegar a bebê. Pediu para o pai uma
bengala, além das roupas adultas. Assim vejo as articulações
partidárias para as próximas eleições, tanto aqui em MT quanto a
nível federal. Os apostadores no avanço democrático esperam
ultrapassar, ou até sepultar a situação retrógrada e desviante do
legado de mandatos e governamental acumulados como uma bomba-relógio
no coração do Centro Oeste pantaneiro e da Amazônia Legal. Dadas
estas condições, pode não haver perspectiva de rejuvenescimento,
ao contrário de Benjamin Button. Na prática, uma candidatura jovem
já nasce velha na carcomida concertação eleitoral, tentando passar
“goela abaixo” a ideia do novo. Imaginem como seria exercido o
poder em um governo deste tipo, compromissos com velhos e malignos
grupos e interesses políticos. Engendrados sob as garras do
histórico coronelismo local, em personagens como Carlos Bezerra,
José Riva e Silval Barbosa. O governador, em um apoio de verniz, tem
seus pés plantados na candidatura do ex presidente da Assembleia
Legislativa. Estratégia incorporada por muitos “camaleões” das
coalizões até agora em rearranjos. .O Presidente da AL, fazendo
expor a cara dissimulada de muitos políticos que, ato não falho,
mas verdadeira opção, vem aderindo apoio a sua candidatura.
Potente ventilador jogando tudo para a mesma “panela de lavagem”
,desafiando até a justiça na tentativa de desmoraliza-la. Voltamos
à terra de ninguém, quebraram-se todos os limites de malversação
da ética pública. Não é difícil saber que os velhos coronéis da
politica estão espalhados pelos grupos de candidatos, prontos a
trair, sabendo muito bem qual é o seu desejado lugar. Tentam salvar
suas próprias peles da execração pública , da Lei da Ficha Limpa,
e até da longínqua perspectiva de punição exemplar pelas
malfeitorias com a coisa pública. Pobre República! É desagradável
ver que neste intuito, traições partidárias levaram um Juiz
Federal a acreditar nas articulações do partido hegemônico
governamental. Incentivado pelas desmoralizadas lideranças do
partido, pela própria Presidente e ex Presidente. Traído, foi cair
nos braços do cacique e proprietário do PMDB. Nada difícil prever
o que aconteceria. O partido da Presidente não tinha outra opção
aqui em MT, na autofagia e demanda de “poderosos” como o preposto
Carlos Abicalil. Os dirigentes tiveram que calá-lo, senão, poderia
estar em “palpos de aranhas” para explicar-se à justiça ( tais
como sumiço de depoimentos em CPI da Câmara Federal para proteger
o filho do então Presidente, rever o potencial caso de Caixa 2 na
última eleição a Prefeitura de Cuiabá, explicar a conexão
possível com o caso Sanguessugas e o “dinheiro nas cuecas”
flagrado em São Paulo, derrama de dinheiros nas campanhas após
chegar ao poder). Na corda bamba do “olho grande” insaciável
para o poder e de ser traído, um jovem politico que “joga para o
ar” sua consistente história, tanto profissional quanto
parlamentar. Discurso mofado, nivelado na baixaria, aderido ao jogo
de quem sempre combateu. É uma pena, após o massacre da “escoteira”
intenção do ex Juiz Federal, que ficou a ver “canoas furadas” e
no meio das feras. Então, nada de novo nestas dissimulações e
táticas para manter a velha politica fétida, insaciável e crônica.
O que tem a ver tudo isso com a síndrome de Benjamin Button? A
possibilidade de parir um governo tão velho e carcomido quanto as
lideranças que engendram a qualquer preço as candidaturas, e que se
distribuem nas principais alianças. Apesar do discurso, são
visceralmente contra a perspectiva de democratização. Refletir
sobre a síndrome de “Benjamin Button”, torcendo para não parir
um rebento que não tenha nenhuma perspectiva de rejuvenescimento.
Aqui, é a síndrome dos Sininbús!
Waldir
Bertulio
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