As negociatas entre o Presidente
da Câmara, a Presidente e Lula da Silva, para se safarem das perdas de mandatos
e investigações sobre desvios (Petrobrás, Zelotes) ameaçam ruir um império da
desfaçatez. Desde o final do primeiro ano deste ciclo que pretende chegar aos
16 anos ou mais, escândalos explodiram, o nível das argumentações é cada vez
mais escabroso. Utilizam uma defesa persecutória. Culpam desde a marolinha da
crise internacional, à inversão pela culpa da crise econômica e ética. Que o
Mensalão é uma farsa, que Delúbio estava certo, que não sabia de nada, que foi
traído, que os processos explosivos nesta arena praticamente irreversível são
invenções. Que os recursos de campanha foram todos legais, independente das
fontes delituosas. Vai e vem, acusa Dilma pelos mal feitos que o país embarcou.
Tem hora até parecem que são oponentes políticos, dependendo dos eventos
momentâneos que se encadeiam. Até o Ministro da Justiça do partido e da base
aliada tornou-se inimigo porque não “controla” a Polícia Federal em seu
precioso processo investigatório. É altíssimo o potencial de ilícitos
envolvendo desde tráfico de influência, corrupção passiva, até os crimes de
lavagem de dinheiro. Não é por outra coisa que a Presidente Dilma, confundindo
“alhos com bugalhos” diz que odeia delatores (delação premiada), como se estivéssemos
nos tempos da ditadura. Aliás, o esquema empresarial nos desmandos com finanças
públicas teve seu fortalecimento naquele período. Será que imaginavam que um
Governo dito popular, mergulharia a fundo neste mar de lama? A operação Zelotes,
que trata dos desvios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF),
expondo vísceras da farra com dívidas tributárias, “tungando” milhares de
reais. Em MT ainda é necessário uma rigorosa “varredura”, além da farsa de
grande parte das isenções fiscais. A isenção de IPI para montadoras através de
MP virou lei. Foram identificadas transações bancárias envolvendo também
ex-Ministros como Palloci, Erenice Guerra e o Governador de Minas Fernando
Pimentel. Culpam sempre a oposição, a imprensa, a perseguição de procuradores,
juízes, PF, a ponto do partido editar uma “Carta das Perseguições”. O que
acontece? Acham que estão acima da lei. Que podem e devem utilizar quaisquer
meios para atingir fins. A Presidente fala muito em diálogo com a sociedade e a
oposição, mas o faz só com o seu “exército de apoiadores”. Movimentos Sociais,
só os cooptados. Nada de enfrentar os que pensam diferente e entendem que o
país tem até saída desta crise profunda. O roteiro deste cenário é a
arrogância, levada ao paroxismo pela crença no poder indevassável. É “negociar
com o diabo” para que a fresta aberta da caixa de Pandora escondida à sete
chaves seja trancada definitivamente. Foram superados todos os limites de malversação,
insensatez e crença na impunidade. Até onde chegará esse excesso de confiança?
Credibilidade zero, confiar em que, e em quem? Só nos resta reconstruir tudo...
Desconstruir o vale tudo por “não valem nada!”
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