quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Vale Tudo?

As negociatas entre o Presidente da Câmara, a Presidente e Lula da Silva, para se safarem das perdas de mandatos e investigações sobre desvios (Petrobrás, Zelotes) ameaçam ruir um império da desfaçatez. Desde o final do primeiro ano deste ciclo que pretende chegar aos 16 anos ou mais, escândalos explodiram, o nível das argumentações é cada vez mais escabroso. Utilizam uma defesa persecutória. Culpam desde a marolinha da crise internacional, à inversão pela culpa da crise econômica e ética. Que o Mensalão é uma farsa, que Delúbio estava certo, que não sabia de nada, que foi traído, que os processos explosivos nesta arena praticamente irreversível são invenções. Que os recursos de campanha foram todos legais, independente das fontes delituosas. Vai e vem, acusa Dilma pelos mal feitos que o país embarcou. Tem hora até parecem que são oponentes políticos, dependendo dos eventos momentâneos que se encadeiam. Até o Ministro da Justiça do partido e da base aliada tornou-se inimigo porque não “controla” a Polícia Federal em seu precioso processo investigatório. É altíssimo o potencial de ilícitos envolvendo desde tráfico de influência, corrupção passiva, até os crimes de lavagem de dinheiro. Não é por outra coisa que a Presidente Dilma, confundindo “alhos com bugalhos” diz que odeia delatores (delação premiada), como se estivéssemos nos tempos da ditadura. Aliás, o esquema empresarial nos desmandos com finanças públicas teve seu fortalecimento naquele período. Será que imaginavam que um Governo dito popular, mergulharia a fundo neste mar de lama? A operação Zelotes, que trata dos desvios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), expondo vísceras da farra com dívidas tributárias, “tungando” milhares de reais. Em MT ainda é necessário uma rigorosa “varredura”, além da farsa de grande parte das isenções fiscais. A isenção de IPI para montadoras através de MP virou lei. Foram identificadas transações bancárias envolvendo também ex-Ministros como Palloci, Erenice Guerra e o Governador de Minas Fernando Pimentel. Culpam sempre a oposição, a imprensa, a perseguição de procuradores, juízes, PF, a ponto do partido editar uma “Carta das Perseguições”. O que acontece? Acham que estão acima da lei. Que podem e devem utilizar quaisquer meios para atingir fins. A Presidente fala muito em diálogo com a sociedade e a oposição, mas o faz só com o seu “exército de apoiadores”. Movimentos Sociais, só os cooptados. Nada de enfrentar os que pensam diferente e entendem que o país tem até saída desta crise profunda. O roteiro deste cenário é a arrogância, levada ao paroxismo pela crença no poder indevassável. É “negociar com o diabo” para que a fresta aberta da caixa de Pandora escondida à sete chaves seja trancada definitivamente. Foram superados todos os limites de malversação, insensatez e crença na impunidade. Até onde chegará esse excesso de confiança? Credibilidade zero, confiar em que, e em quem? Só nos resta reconstruir tudo... Desconstruir o vale tudo por “não valem nada!”




Nenhum comentário:

Postar um comentário