Na palestra no dia 14/10 no
SINDUSCON-PR, pela primeira vez falando à empresários da construção civil, o
juiz Sérgio Moro citou o caso da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Deu o
exemplo de como a corrupção afeta o Brasil. Logicamente, respondia às
indicações absurdas de que a operação Lava Jato estaria prejudicando e emperrando
a economia brasileira. Chegaram a afirmar que a operação seria responsável pela
crise econômica do país! Disse que, “no fundo, os problemas que estamos
enfrentando em nossa economia são mais complexos”. Disse que a curto prazo pode
até incidir algum impacto em investimentos, ao menos nessas grandes empresas
que estão envolvidas. No entanto, isto é causada pelos grande problemas que
chegaram a um nível crítico, onde a resolução atual deles reflete nestes
custos. Em outras palavras, se o rombo é grande, imagine se isto não for
sustado! Mostrou concretamente como a corrupção prejudica o país. Disse que fica
uma dúvida de arrepiar quando a refinaria
teve seu custo de construção passando de 2 bilhões para 18 bilhões de dólares.
Relatou que ouviu depoimentos de funcionários da Petrobrás, especialmente da
área técnica. Alguns afirmaram que se esta usina funcionasse 100% durante toda
sua vida útil, ela não teria condições de se pagar. Participou também do evento
o procurador do MPF, Roberson Pozzobon, membro da força tarefa. Afirmou:
“precisamos que este modelo empresarial corrupto organizado seja uma pagina
virada”. O medo atroz do execrável Presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha
passa pela possibilidade de perder a imunidade parlamentar e cair nas mãos
pesadas do Juiz Sérgio Moro e sua equipe da Lava Jato em seus incontáveis
tentáculos. A cordo espúrio e sujo entre poupar a Presidente Dilma arquivando
os pedidos de impeachmant, o impedimento da sua cassação ou negociar com a
oposição para ao menos manter seu mandato. Um “troca-troca” desavergonhado nas
raias do salve-se quem puder. Neste caso, como nos outros, aposta na
possibilidade de ser livrado pela Corte “Superior”. Cunha assim disse para a
oposição; “se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte vocês me derrubam”.
Tentam o impossível: atender gregos e troianos. Na “cruzada do mal” contra
Moro, retiraram recente do seu âmbito a investigação da Eletronuclear. Isto já
tinha acontecido, como já mencionei, com o Ministério do Planejamento. As duas
decisões por Teori Zavascky, mandando esta para a Justiça Federal do RJ
(29/10). Além de argumentar a não competência territorial, reafirma que o
processo não possui relação com a Lava Jato, apesar das evidências. Resultado:
dois escândalos da Petrobrás para o escanteio. Há que ter um movimento nas ruas
em favor de Moro e sua equipe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário