terça-feira, 10 de novembro de 2015

Política e Corrupçaõ II

Na palestra no dia 14/10 no SINDUSCON-PR, pela primeira vez falando à empresários da construção civil, o juiz Sérgio Moro citou o caso da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. Deu o exemplo de como a corrupção afeta o Brasil. Logicamente, respondia às indicações absurdas de que a operação Lava Jato estaria prejudicando e emperrando a economia brasileira. Chegaram a afirmar que a operação seria responsável pela crise econômica do país! Disse que, “no fundo, os problemas que estamos enfrentando em nossa economia são mais complexos”. Disse que a curto prazo pode até incidir algum impacto em investimentos, ao menos nessas grandes empresas que estão envolvidas. No entanto, isto é causada pelos grande problemas que chegaram a um nível crítico, onde a resolução atual deles reflete nestes custos. Em outras palavras, se o rombo é grande, imagine se isto não for sustado! Mostrou concretamente como a corrupção prejudica o país. Disse que fica uma dúvida de arrepiar quando a  refinaria teve seu custo de construção passando de 2 bilhões para 18 bilhões de dólares. Relatou que ouviu depoimentos de funcionários da Petrobrás, especialmente da área técnica. Alguns afirmaram que se esta usina funcionasse 100% durante toda sua vida útil, ela não teria condições de se pagar. Participou também do evento o procurador do MPF, Roberson Pozzobon, membro da força tarefa. Afirmou: “precisamos que este modelo empresarial corrupto organizado seja uma pagina virada”. O medo atroz do execrável Presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha passa pela possibilidade de perder a imunidade parlamentar e cair nas mãos pesadas do Juiz Sérgio Moro e sua equipe da Lava Jato em seus incontáveis tentáculos. A cordo espúrio e sujo entre poupar a Presidente Dilma arquivando os pedidos de impeachmant, o impedimento da sua cassação ou negociar com a oposição para ao menos manter seu mandato. Um “troca-troca” desavergonhado nas raias do salve-se quem puder. Neste caso, como nos outros, aposta na possibilidade de ser livrado pela Corte “Superior”. Cunha assim disse para a oposição; “se eu derrubo Dilma agora, no dia seguinte vocês me derrubam”. Tentam o impossível: atender gregos e troianos. Na “cruzada do mal” contra Moro, retiraram recente do seu âmbito a investigação da Eletronuclear. Isto já tinha acontecido, como já mencionei, com o Ministério do Planejamento. As duas decisões por Teori Zavascky, mandando esta para a Justiça Federal do RJ (29/10). Além de argumentar a não competência territorial, reafirma que o processo não possui relação com a Lava Jato, apesar das evidências. Resultado: dois escândalos da Petrobrás para o escanteio. Há que ter um movimento nas ruas em favor de Moro e sua equipe!

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