A crise política em que o país esta atolado,
arrasta os poderes Executivo e Legislativo. As presidências do Congresso Nacional
reagem acuados em um jogo cruzado de golpes dentro da base aliada. E
avassaladora a entrega da delação premiada, tanto a nível nacional, como em MT.
Desde o nível nacional, a voz e a pressão do povo não tem sido consideradas,
senão para dar respostas em momentos de forte inflexão desta crise que
abala a nação. Surgem saídas arrumadas
por Dilma e sua base desde os levantes de Junho/2013 propondo a Reforma Política,
que tanto ela, quanto Lula da Silva, não fizeram porque não era de seus
interesses. Afinal, qual Reforma Politica? – Como seriam financiadas as
reeleições, se o projeto seria ficar pelo menos 20 anos no poder? O alcance
disto está seriamente ameaçado, haja vista a última eleição, que foi um
verdadeiro “ parto à fórceps”, que acabou expondo as vísceras do governo. O
cinismo e a ingovernabilidade estão juntos, em uma anomia de lideranças
lançadas nas tormentas de uma macabra engenharia política. No momento, o ex tesoureiro
do PT já é dado oficialmente como réu. Infelizmente isto é apenas uma ponta de
um só fio de meada. Potencialmente existem muitos, é só avançar nas
investigações e nos enriquecimentos ilícitos. Depende de quantos Sergios Moros
estarão disponíveis pela justiça. Sabemos que não são muitos para avançar
nestes trabalhos. Onde mexer, para a possibilidade concreta de abrir outras
Caixa de Pandora? Imaginem uma investigação em instituições como BNDES, ITAIPU,
Estatais que conectam-se ao setor privado, Hidrelétricas, e até as obras
malfadadas da Copa. Aqui em Mato Grosso o governo estadual se bate com duas bombas: 1- O legado da corrupção do
setor público; outra, da crise econômica, em um estado que com apenas uma parte
dos recursos desviados construiria todos os hospitais públicos necessários.
Onde a alta complexidade de atendimento a saúde é das mais precárias do Brasil,
quase tudo centrado em Cuiabá, ainda que em limites insuficientes. Onde a
Atenção Básica em saúde precisa de inversões sólidas e permanentes. Onde a
judicialização precisa ser colocada em seu devido lugar, estruturando o
atendimento a demanda da população e poupando o desvio financeiro (
superfaturamento), tão bem reconhecido pela Justiça em nosso Estado. O dinheiro
que foi pelo ralo dfa corrupção seria essencial para financiamento e
investimentos no setor saúde. Nestes doze anos e pouco de governo ficou muito clara
qual a rota da macro economia escolhida pelo governo Lula/Dilma, sendo fácil
identificar os condicionantes que nos colocaram em uma rastejante crise
econômica. A recente proposta da lei anticorrupção, não passa de mais uma
cosmética como saída institucional a crise política. A empáfia, a arrogância,
os argumentos esdruxulos não batem com as verdadeiras intenções, - em manobras que
continuam em curso. O Ministério Público, a Policia Federal, a Justiça, com
seus minoritários operadores e defensores da justiça política, andam, apesar do
Executivo. Até porque, um dos investimentos da base Petista é na blindagem à
Justiça, como tática de negação da verdade, como aconteceu no mensalão. Lula da
Silva, não colocou gente como Dias Toffoli no STF à toa. O STF estará composto
totalmente, em breve, por membros indicados por um só governo? O que fará o
Ministro Toffoli na segunda turma do STF para julgar o processo da Lava Jato?
Cartas nas mangas, como o preenchimento da vaga do saudoso Joaquim Barbosa, sem
ele o mensalão não teria ido pra frente. Os movimentos que temos assistido do
governo em relação ao Lava Jato, são flagrantemente desviantes, como tática
para que a verdade não seja exposta. Francamente, não acredito na maioria do
STF! Futuro melhor, só com o povo nas ruas.
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