terça-feira, 31 de março de 2015

Conjuntura Política

A crise política em que o país esta atolado, arrasta os poderes Executivo e Legislativo. As presidências do Congresso Nacional reagem acuados em um jogo cruzado de golpes dentro da base aliada. E avassaladora a entrega da delação premiada, tanto a nível nacional, como em MT. Desde o nível nacional, a voz e a pressão do povo não tem sido consideradas, senão para dar respostas em momentos de forte inflexão desta crise que abala  a nação. Surgem saídas arrumadas por Dilma e sua base desde os levantes de Junho/2013 propondo a Reforma Política, que tanto ela, quanto Lula da Silva, não fizeram porque não era de seus interesses. Afinal, qual Reforma Politica? – Como seriam financiadas as reeleições, se o projeto seria ficar pelo menos 20 anos no poder? O alcance disto está seriamente ameaçado, haja vista a última eleição, que foi um verdadeiro “ parto à fórceps”, que acabou expondo as vísceras do governo. O cinismo e a ingovernabilidade estão juntos, em uma anomia de lideranças lançadas nas tormentas de uma macabra engenharia política. No momento, o ex tesoureiro do PT já é dado oficialmente como réu. Infelizmente isto é apenas uma ponta de um só fio de meada. Potencialmente existem muitos, é só avançar nas investigações e nos enriquecimentos ilícitos. Depende de quantos Sergios Moros estarão disponíveis pela justiça. Sabemos que não são muitos para avançar nestes trabalhos. Onde mexer, para a possibilidade concreta de abrir outras Caixa de Pandora? Imaginem uma investigação em instituições como BNDES, ITAIPU, Estatais que conectam-se ao setor privado, Hidrelétricas, e até as obras malfadadas da Copa. Aqui em Mato Grosso o governo estadual se bate com  duas bombas: 1- O legado da corrupção do setor público; outra, da crise econômica, em um estado que com apenas uma parte dos recursos desviados construiria todos os hospitais públicos necessários. Onde a alta complexidade de atendimento a saúde é das mais precárias do Brasil, quase tudo centrado em Cuiabá, ainda que em limites insuficientes. Onde a Atenção Básica em saúde precisa de inversões sólidas e permanentes. Onde a judicialização precisa ser colocada em seu devido lugar, estruturando o atendimento a demanda da população e poupando o desvio financeiro ( superfaturamento), tão bem reconhecido pela Justiça em nosso Estado. O dinheiro que foi pelo ralo dfa corrupção seria essencial para financiamento e investimentos no setor saúde. Nestes doze anos e pouco de governo ficou muito clara qual a rota da macro economia escolhida pelo governo Lula/Dilma, sendo fácil identificar os condicionantes que nos colocaram em uma rastejante crise econômica. A recente proposta da lei anticorrupção, não passa de mais uma cosmética como saída institucional a crise política. A empáfia, a arrogância, os argumentos esdruxulos não batem com as  verdadeiras intenções, - em manobras que continuam em curso. O Ministério Público, a Policia Federal, a Justiça, com seus minoritários operadores e defensores da justiça política, andam, apesar do Executivo. Até porque, um dos investimentos da base Petista é na blindagem à Justiça, como tática de negação da verdade, como aconteceu no mensalão. Lula da Silva, não colocou gente como Dias Toffoli no STF à toa. O STF estará composto totalmente, em breve, por membros indicados por um só governo? O que fará o Ministro Toffoli na segunda turma do STF para julgar o processo da Lava Jato? Cartas nas mangas, como o preenchimento da vaga do saudoso Joaquim Barbosa, sem ele o mensalão não teria ido pra frente. Os movimentos que temos assistido do governo em relação ao Lava Jato, são flagrantemente desviantes, como tática para que a verdade não seja exposta. Francamente, não acredito na maioria do STF! Futuro melhor, só com o povo nas ruas.

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