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Com as eleições de
2014, o país adentrou 2015 afundado em uma crise política, com a economia
tecnicamente adentrando à recessão. A crise política é de credibilidade e
legitimidade, sendo praticamente improvável que a leva populacional de pobreza
e beneficiados pelo bolsa família, a população trabalhadora, frente a traição
de promessas eleitorais invertidas contra o povo, voltem a creditar alguma
confiança na Presidente. No alargamento do espaço mercantil, com o BNDES
financiando empresas com $ público. A exemplo do que está sendo proposto agora
para as empreiteiras em “dificuldades financeiras” envolvidas nas falcatruas
que estão sendo expostas na Lava Jato/Petrobras. É importante observar o
processo de endividamento da população brasileira. Dados recentes do Banco
Central mostram o endividamento das famílias com bancos. O endividamento em
2005 era de 18,4%, já em junho de 2014 esse índice atingiu patamar de 46% de
endividados. Isto relaciona-se diretamente com os empréstimos consignados,
especialmente os que tem estabilidade no emprego. Dados do Banco Central
mostram que entre os servidores públicos a dívida com empréstimos consignados
atingiu 143,1 bilhões, comprometendo em média um endividamento de mais de cinco
anos destes trabalhadores. Dados da Confederação Nacional do Comercio mostram
que o endividamento total das famílias (não só com os bancos) em 2013 uma média
anual de 62,5% de famílias endividadas, 7,5 % a mais que em 2012. Em 2014 este crescimento foi muito alto,
ainda sendo necessárias melhores informações para confirmar os dados reais.
Cresce muito a dívida das famílias no setor comercial, imobiliário. O Programa “Minha
Casa Minha Vida”, por exemplo, acabou por alimentar uma bolha no mercado
imobiliário. As consequências são imprevisíveis para os próximos anos, além do
endividamento na Caixa Econômica Federal devido ao não repasse do Governo
Federal dos fundo utilizados neste Programa, que chegam a ordem de 80 bilhões.
Em certos limites a saturação do poder de compra do brasileiro, que o conduz ao
seu crescente endividamento, com baixos salários e mercantilização nas
políticas sociais, tem movido intervenção estatal no estimulo direto ao
alargamento do mercado. A “lógica” de crescer aumentando o consumo. Por isso,
instituíram mecanismos legais que permitam a crescente utilização de recursos
públicos no financiamento estudantil privado hoje em inadimplência do Governo
Federal com estes projetos. Os dados recentes apontam 7.389.081 analfabetos; lê
e escreve sabe Deus o quê, 17.245.392; ensino fundamental incompleto
43.125,524; superior completo 7.928,182. É bom lembrar que nas eleições,
abstenções, brancos e nulos foram 38.797,556 habitantes. Em torno de 27% do
total de eleitores. Quanto a renda, o IBGE mostrou que em 1999 a pirâmide
populacional brasileira tinha na base 50% dos mais pobres, com 10% da renda. A
classe média 40% da população e de renda; 10% dos mais ricos da população
detinha 50% da renda. Hoje, a pirâmide parece a imagem de um ganso com longo
pescoço onde estaria a classe média, que se encontra na descida, junto com os
pobres. Recebeu o eufemismo de que está no meio. Pois não é que ser meio não é
só estar entre duas pontas? A dos miseráveis e a dos muito ricos. Para se ter
uma ideia do que está acontecendo, é só olhar a indignação da população, que estimula a
resistência e enfrentamento até das Centrais Sindicais e sindicatos pelegos do
país, que ainda se locupletam com as benesses do poder público. Agora, a caixa
de Pandora abrindo-se com os partidos e políticos envolvidos talvez no maior
escândalo de corrupção já conhecido. Parece até que viramos as costas para a
história. Tendencialmente, a era Lula pode estar se encerrando em estertores e
agonia. A essência do narcisismo destruída pela figura criadora, pela ganancia
e pela falta de ética. É olhar-se no espelho do lago que refletirá suas
próprias faces invertidas. E nossa consciência, rejeitar o que não nos serve e
alimentar a esperança de novos caminhos.
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