quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Óbices da Transição I

A bomba relógio colocada para o novo Governo de MT, (na Presidência, é uma auto-bomba) que adentra em Janeiro de 2015, tem vários estopins acessos. Desde a grave conjuntura econômica e social, acompanhada pela exposição de mentiras na campanha eleitoral que levam o “Nariz de Pinóquio” da Presidente a não ter mais onde crescer. O cinismo está instalado abertamente desde o Governo Federal, Estadual, Congresso e Legislativo Estadual.  Na corrupção sem limites hoje exposta a partir da Petrobrás, amostra de assunção ao poder para “rapar” os cofres públicos. Fato novo é que os corruptores estão sendo responsabilizados, muitos reús confessos propondo devolver altas somas (migalhas do roubado) aos cofres públicos. Envolvidos como mediadores e beneficiários, maioria políticos da base aliada do Governo Federal na espúria estratégia de governabilidade para apropriarem-se privadamente do Estado. Infelizmente são potencialmente detectáveis desvios graves em todos os ambitos do Governo, especialmente estatais, setores de obras e compras de serviços. Deste rastílho poderiam surgir novas investigações, desde instituições como Eletrobrás, Itaipú, BNDES e setores governamentais que concentram recursos financeiros em suas operações. Só graças ao instituto da delação premiada? Utilizam a máxima de Lula da Silva, “nada vi, nada ouvi, nada sei, na expectativa que esperados aliados e prepostos os livrem da exposição a verdade e punição.  Aqui em MT estão por surgir mais problemas na administração pública, ora ocultados e não revelados pela Comissão Oficial de Transição. A verdade poderá, em muito ser outra, ser outra. Em nosso Estado, neófito escroque que se enlambuzou no poder governamental, sob a instransparência e expectativa da impunidade. Tenta  atabalhoadamente mudar o xadrez já em investigação avançada da sua delação premiada. Como se fossemos um bando de idiotas!  O ex-presidente da AL, que até hoje não mostrou para onde foi o dinheiro da primeira constução da sede que ficou só no “toco” da construção. Tradicionalmente, sustenta a complementação de votos na aquisição do seu mandato pelas plagas da VAJÚ, (outro lado do Rio Cuiabá) em parceria com seus aliados e mentores políticos, inclusive nas práticas execráveis de mandatos e gestão pública. Apresentaram-me no Jurerê internacional (Bahia Norte de Florianópolis), uma mansão luxuosa, que seria de sua propriedade. Um fausto.  Disseram-me que o preço desse imóvel é maior que várias azendas juntas em MT. Candidatou-se a Conselheiro do Tribunal de Contas, sendo guindado por sorte (!) a mandato na AL, pela morte(?) prematura do Deputado e comunicador Walder Rabello. Em roda de conversa, elucubrações, aventou-se um estranhamento pela não solicitação de exame tóxicológico pós-mortem. O ex-plenipotenciário Presidente da AL tenta perpetuar com seus familiáres em postos públicos, na mesma lógica da sua nefasta atuação parlamentar. Seu genro, “eleito” com grande votação ($), foi auto-deletado, graças a sua pressa na glutonice com dnheiro público. A filha, eleita da mesma forma. A esposa, candidata ao TCE, a AL não terá nenhum constrangimento em expor suas vísceras votando favorável a esta indicação. Podre poder. Um fato marcante foi sua prisão por conta da extração e comércio ilegal de madeiras no Nortão. Existe uma verdadeira máfia de maus produtores e madeireiros que se arrepiam com a feliz indicação da honrada Ana Peterlline para o Meio Ambiente. O Mp teve a grandeza de liberar também Mauro Zaque, que devem garantir a decorosidade nas instancias ambientais e da segurança pública. É constrangedor ver atores importantes do novo governo posicionarem-se contra investigações no caso Itanhangá (apropriação de lotes de terras). É uma confusão, se é que a ação do novo governo pretende colocar “as coisas no seu devido lugar”, delimitando a garantia dos espaços de sustentabilidade econômica, social, ambiental, da garantia dos direitos humanos. Quais são os limites dos processos econômicos, de produção e de mercado? Tem que existir uma coerência, um verdadeiro postulado que encarne as ações do novo governo. O grande nó é superar gradativamente o passado oligárquico. Excluindo e combatendo os atores do desvio da função da pública.

Waldir Bertúlio

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