quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Degradação e Recuperação Urbana.


A mobilidade do trânsito em Cuiabá está uma verdadeira “mixórdia”. Pedestres, motoristas, motociclistas, ciclistas, entram em transe e irritabilidade crônica, até fora dos horários de pico. O arrastar modorrento, e morosidade das obras, fruto da ganância financeira, a falta de organização e segurança nas alternativas criadas, estão prestes a transbordar a paciência de todos. O Centro da cidade esta esvaziando, esquecem que os jovens, são instrumentos de restauração dos espaços urbanos degradados, como a região central, do Porto, e muitos espaços de bairros abandonados por falta de ação pública. Cultura e Alimentação acessíveis são chamarizes importantes, ate São Paulo mostra isto, pelo menos nos fins de semana e feriados. Temos que dar alternativas à artificialização em curso, puxada pelos shoppings, onde a palavra de ordem é afastar os indesejados. A periferia que se dane! A reocupação do centro, que não pode transformar-se em um cemitério fora do fluxo comercial, pode estabelecer um outro tipo de convivência. Coletividade e alegria tem que reorientar a retomada dos lugares de lazer e entretenimentos públicos em Cuiabá. Ai não existem fronteiras, pois cada beco, cada espaço, praças e esquinas abandonadas podem significar o rumo do que chama revitalização. Claro, se for pautada na memória social dessa cidade. É preciso ouvir os sons que vem das periferias e dos que sonham com uma cidade decente para todos viverem. Sonhar não custa nada, difícil é ação pública, que pode envolver jovens de escolas e outros grupamentos, melhorando a vida no seu entorno cotidianos. Muitas cidades como no Equador e Colômbia fecham as ruas centrais aos sábados e domingo, onde crianças, jovens e adultos utilizam como espaços de lazer e convivência. A praça Popular por exemplo, outrora referencia de folguedos, não pode tornar-se espaço de acrílico. Só comercio, sem coração palpitante e acolhedora no seu elitismo tupiniquim. São Paulo, até dada por muitos como incurável, chega ate interromper o trânsito no Minhocão aos fins de semana. Deu certo, como em muitos outros espaços. É preciso abrir a cidade para ciclistas, skatistas, capoeiras e tantas outras artes, livres da guerra do trânsito enlouquecido em nossa cidade. O desafio para o setor público é revitalizar, ressuscitar dar vida e emoção aos espaços da cidade.


WALDIR BERTULIO

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