Abrimos 2016 com o pais em grave
e insustentável crise politica, ligada umbelicalmente a crise econômica, com
determinações internacionais e, expressivamente locais. Neste contexto,
produzimos teses e propostas para debater a agenda política anual da Associaçao
Nacional dos Docentes do Ensino Superior, o ANDES-SN para enfrentamento
especialmente da crise sobre a educação
e as Universidades do pais. Não há ensino qualificado sem a produção de
conhecimentos voltados para as necessidades da população. Realça a PEC 10/2014,
criando o Sistema Único Educação
Pública. Nada a ver com o que defendemos para o SUS e para a Cultura, Trata-se
de romper com a autonomia outorgada pela Constituição para este nível de ensino. Retomam o PL 518/2004, que propõem a mercantilização da
educação, transformando o MEC em Ministério da Educação de Base, levando o ensino
superior, a pesquisa, a extensão e avaliação para o Ministério da Ciência e
Tecnologia, no caminho para demanda de mercado. Mais uma conexão, o PL
4648/2012 criando em seu artigo primeiro um
fundo patrimonial, tirando de vez
do Estado o dever do financiamento
público. É o empresariamento do ensino superior público.
Além do corte de no mínimo 11 bilhões da
educação, o Acordo Geral de Comércio e Serviços
(AGCS) da Organização Mundial do Comércio, no Acordo Trade in Service Agreement (TISA), voltando
a educação para o mercado, além de romper com a proteção para setores como saúde, deixando de ter características de
serviços públicos. Uma agenda importante, dentre outras, é o Encontro Nacional da Educação, realizado de foma autônoma
e independente para discutir, avaliar e
propor novas intervenções em todos
niveis no sistema de ensino brasileiro.
Na economia, a crise internacional tem
de fato efeitos sôbre o Brasil e os condicionantes especificos aqui produzidos
que corroem os pilares desta nossa
decadente República, frente a uma
maioria esmagadora de Congresso, partidos e Governo manietados, servindo a interesses
espúrios.A crise politica corre na promiscuidade entre níveis de poderes e
agentes externos, instalando balcões de negócios distantes do interesse público.A corrupção alastrada depende da firme
e leal atuação do Ministério Público, Polícia Federal e de juízes
comprometidos visceralmente com a justiça.
Uma vergonha aos que professam o direito como uma nobre profisssão, a “ Carta
da impunidade” assinada por pouco mais
de uma centena de advogados com inconsistentes acusaçoes à Lava Jato, naturalmente
defendendo seus clientes contraventores. Sómente 4 por cento das decisões do juiz
Sérgio Moro e sua grande equipe não
foram acatadas pelos tribunais superiores, tal a consistência da sua atuação.A
Lava Jato não pode parar, custe o que custar, é preciso garantir que eles não
passarão, enfim, ameaçando chegar até as mais altas autoridades da nação. Os
reflexos da crise mundial na economia brasileira manifestam--se a partir das
características de um país dependente e semicolonizado O marco mais recente vem
da crise dos EUA em 2008, alastrada por toda Europa. Em países como o nosso, a
crise aumenta a rapina, com efeitos
imediatos como presenciamos agora no desemprego
índices não vistos nesses ultimos vinte anos, inflação, juros altos,
supressão de direitos sociais,em uma economia subordinada drásticamente ás
oscilações internacionais. Especialmente
flutuando nas causas e impactos internos
da péssima gestão pública e seus desvios,que sangram a economia nacional ,
com um Congresso mais conservador e
atrasado em todos os tempos. O declínio mais que trombeteado, ignorado por
lideranças como Lula da Silva e sua (ex?) pupila, então Presidente. Lembram os
quadrinhos do saudoso Henfil, em “Ubaldo, o Paranóico”. Mania persecutória até
que ponto consciente, levando petistas fanáticos e neófitos oportunistas também
ao delírio, na defesa dos desvios, trapalhadas e mania de grandeza. Ou será uma performance e ensaio de
esquizofrenia? Escárnio à mostra!
Nenhum comentário:
Postar um comentário