terça-feira, 14 de julho de 2015

ENCONTRO DA REDE SINDICAL INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE E LUTAS

Após o 1° Congresso da CSP – Conlutas (2012) em Avaré, SP, ocorreu o 1° encontro desta Rede Sindical Internaciona de Solidariedade , que veio a ser formalizada como instituição em maio de 2013 em Saint Denis – França. Isto ocorreu em um acumulado de trabalho e intercâmbio conjunto entre varias organizações fundadoras. A referência foi a identidade nas praticas sindicais, reunindo organizações, correntes e tendências sindicais em muitos países nas Américas, Europa, Ásia, África e Europa. Dois anos após, organizou-se em junho de 2015 o 2° Encontro Internacional da Rede, (Campinas-SP). A preocupação é estabelecer uma ferramenta comum internacional democrática, autogestionaria, independente de patrões e governos, ambientalista e que lute contra todas as formas de opressão. Nesta conjuntura as crises econômicas, financeiras, ecológicas e sociais interligam-se em processo de autoalimentação é centrado na crise global do capitalismo, no impasse do desenvolvimento baseado na distribuição cada vez mais desigual da riqueza produzida, na desregulamentação financeira, no endeusamento do mercado (como no caso da mercantilização da educação), e no desrespeito as necessidades ecológicas.
Para salvaguardar os benefícios de rentistas, grandes corporações, acionistas, patrões,  garantir o futuro dos bancos e das instituições globais, os governos, seus adeptos e representantes atacam com cada vez maior a força os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. É o caso da destruição dos serviços públicos aqui no Brasil, a retirada dos direitos sociais contra as liberdades sindicais, o aprofundamento da precarização e desemprego. Além da corrupção desenfreada e do aumento do conservadorismo. O sindicalismo que defendemos não faz acordo com os que estão atualmente no poder expropriando os trabalhadores, aprovando e implementando medidas anti-sociais. Por isso, é nesta concepção que o ANDES-SN esta filiado a CSP-CONLUTAS,  por sua vez, à Réseau Syndycal International de Solidarité et de Luttes. Entenda-se que não é a conjuntura econômica essencialmente que justifica a estratégia das classes dominantes. Não é a crise (capitalismo) que esta por tras dos ataques as condições de vida, remuneração e status dos trabalhadores. É na realidade a implementação de uma nova organização do sistema de dominação. Qualquer  pacto social não avança simplesmente pela injeção de fundos públicos (objetivando retomada da economia), mas sim, lutar radicalmente pela distribuição da riqueza e do poder. Especialmente em nosso caso, pela definição e concretização de mudanças reais e um novo modelo de desenvolvimento. Neste 12 anos o PT vem atacando gradativamente os direitos dos trabalhadores como os governos anteriores. Mais recente, ostensivamente mostrando claramente em que trincheira esta. A política econômica de Lula e Dilma ficou na garantia dos enormes lucros ao grande capital, com migalhas de concessões aos setores mais miseráveis da população. Agora, cobra dos trabalhadores e trabalhadoras o ÔNUS pela crise através das políticas como ajuste fiscal e a terceirização. Por isso, é preciso fortalecer a autonomia dos sindicatos, contra o peleguismo. Esse governo vem tentando sistematicamente arruinar a capacidade de organização autônoma, não só dos sindicalismos como dos movimentos sociais. Por isso, o ANDES-SN, a CSP-CONLUTAS,  a Rede Sincial Internacional de Solidariedade, combina a defesa dos interesses imediatos dos trabalhadores com a vontade de profunda mudança social. Defendemos os interesses da classe trabalhadora articulados com os povos de todas regiões do mundo. É preciso construir a unidade rompendo as fronteiras e a construção da solidariedade internacional dos trabalhadores e povos originários e tradicionaisw.. Construir a unidade de ação sindical para combater os retrocessos sociais, conquistar novos direitos e construir uma sociedade diferente. Para isto a pauta contra opressões é essencial. Estiveram presentes no encontro, cem dirigentes sindicais de 26 países (África do sul, Alemanha, Argentina, Benin, Canadá, Chile, Colômbia, Egito, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, França, Haiti, Inglaterra, Itália, México, Palestina, Paquistão, Paraguai, Peru, Portugal, Republica Dominicana, Sahara Ocidental, Síria, Túnis, Turquia, Venezuela. A declaração final aprovada segue nos pressupostos sintetizados neste texto, reivindicando autonomia frente a toda organização política. Os trabalhos transcorreram nos dias 08 e 09/06 com relatório de atividade da rede, exposição de debates temáticos, resoluções, moções e declarações temáticas devidamente aprovadas na plenária final. Ficou apontado um Encontro no segundo semestre de 2015.
Professor Waldir Bertulio


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