sábado, 4 de outubro de 2014

Eleições e o dia seguinte


A campanha eleitoral está marcada por uma massacrante pobreza de horizontes no desespero e até na incredulidade dos governistas sobre os fatos já em vias de consolidar o resultado em votos. Aqui em MT, prenúncio de derrota amarga da base aliada, centrada no PT/PMDB, e agora claramente com o ex-presidente plenipotenciário da AL utilizando mais um trunfo em jogo armado para ajudar o governismo na disputa. Coerente com as práticas políticas que defendem. O candidato e a candidata como principais adversários do candidato da oposição à frente em MT pretendem chegar ao segundo turno. Algo extremamente difícil nas condições atuais. Uma alternativa seria combaterem entre si, coisa esdrúxula, já que compõe o mesmo esquema de gestão e conduta política. Em processo de “queimação”, o candidato que o PT permitiu, após uma escalada de autofagia e apagão de lideranças, é guindado por uma armadilha. A mesma montada para sucumbir com a perspectiva política do ex juiz federal. Caminho célere para desgaste do seu capital político. São vítimas das artimanhas de uma experiente “raposa” política que consegue tutelar o maior partido da base aliada governista (PMDB). É hábil para desgastar neófitos nesta cultura, como os dois aqui citados. Colocando-os em caminhos conspurcados, para não mais ousarem ser paladinos de nada que impeça malfeitoria. Muito menos da justiça política real e equitativa, ameaça para suas pretensões de continuar “chafurdando” no poder. O que levaria agentes políticos sóbrios a mudanças de princípios? Talvez um dos vieses , “olho grande”, sede de poder e a crença na impunidade. O ritmo já assinalado do embate eleitoral é um cenário de desespero, desde a candidatura a presidente da base aliada, ao governo de MT. O cenário é de mentiras grotescas e baixarias vergonhosas. Talvez o candidato do PT e base aliada possa para frente recompor-se.Quem sabe, ainda com dividendos para ser candidato a deputado no futuro. Se fizer autocrítica, voltar ao espaço contrahegemônico da sua história política antecedente, na perspectiva de relegitimar seu nascente e extemporâneo capital político. O principal candidato de oposição em MT acumula cada vez mais forças, capital político crescente, cercado de microconjunturas políticas tensionadas pela pressão da cultura vigente, de práticas políticas e de gestão pública execráveis. Na macroconjuntura, os eleitores querem mudanças. Especialmente no enfrentamento das pressões na cultura política tradicional e desviante. Concretizada a tendência, se eleito, o desafio para impor uma diretriz política com princípios de ética na gestão e na representação. É interessante a preocupação contra os repasses financeiros desnecessários como para a AL e o TC. Contra os feudos partidários de grupos e interesses privados comandando a gestão pública. O desafio é retomar ao possível, uma ética e moral política. As urnas abrirão possibilidades e novos caminhos? Coisa pública não pode continuar como “cosa nostra”.

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