Muitas
pessoas colocam em dúvida o objetivo do horário eleitoral. Essa
preocupação esbarra no conceito de gratuito, na verdade é pago
pelo poder público nas Tv’s e nas radios. A intenção manifesta
seria levar aos eleitores o perfil e propostas dos candidatos. Alguns
levantamentos polemizam e questionam o papel do horário eleitoral.
Na eleição de 2012 apontaram que a Tv paga teve aumento de
audiência em 46% no horário noturno. Isto abre para uma fuga de
espectadores do horário de campanha. Nos últimos quatro anos
duplicou-se o número de adesões na Tv por assinatura, apontando em
enquete como um dos fatores para recusa a audiência do horário
eleitoral. A Tv paga saltou de 9,7 milhões de assinantes em 2010
para 18 milhões atualmente (média de quatro pessoas por casa, 80
milhões). Pelos dados disponíveis, em MT teve crescimento de quase
10% em relação a 2013. Claro que existem outros motivos importantes
como a ampliação de acesso a diversidade de programas nas Tv’s
pagas. De fato nesta era da informação e comunicação, é
relevante o aporte aos eleitores através da internet e redes
sociais. Levantamento recente mostra que 25 milhões de residências
são ligadas a internet. Isto amplia enormemente a possibilidade de
divulgação dos candidatos para conhecimentos dos eleitores.
Candidatos podem até ser provocados a dar argumentos sobre suas
intenções, propostas e planos. Quer dizer que tem muito espaço
além das Tv’ e rádio. Não é por outro motivo que as opções
aumentaram, tanto para candidatos quanto para eleitores. O fato de
termos debates em MT e a nível Nacional nas Tv’s (15 min para cada
postulante em horário nobre) com candidatos amplia a oportunidade de
acesso a informações sobre os proponentes. É um espaço de disputa
na própria mídia e meios de comunicação, partidos, e grupos
políticos. Em andamento, as pesquisas de campanha, apesar de
existirem erros, quem afere mesmo as pesquisas são as urnas
apuradas. Se acreditarmos que poderia ocorrer lisura total na disputa
eleitoral. Alguns polemizam que a baixa audiência no horário
gratuito poderia até impor o fim do horário eleitoral. Na verdade,
a forma mais próxima da realidade seria adotando pesquisas
qualitativas. Em um segundo momento, pesquisas quantitativas
sequenciadas em mãos de gente rigorosamente independente ao processo
eleitoral. Infelizmente muitas pesquisas são suspeitas, apesar do
TRE, (cada pesquisa hoje, em torno de 60 mil reais para mil
entrevistas). Quem paga pesquisa pode escolher o resultado? Por
enquanto, o jogo governamental na mídia, por exemplo, coloca Lula da
Silva como paladino da moralidade, e a Dilma como vestal até da
faxina ética. Pura inconsequência, nada sei, nada vi, nada ouvi. O
mesmo aqui em Mato Grosso. Reincidentes e crônicos envernizados de
novos e puros. O povo está reagindo.
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