A campanha eleitoral está marcada por uma massacrante pobreza de
horizontes no desespero e até na incredulidade dos governistas sobre
os fatos já em vias de consolidar o resultado em votos. Aqui em MT,
prenúncio de derrota amarga da base aliada, centrada no PT/PMDB, e
agora claramente com o ex-presidente plenipotenciário da AL
utilizando mais um trunfo em jogo armado para ajudar o governismo na
disputa. Coerente com as práticas políticas que defendem. O
candidato e a candidata como principais adversários do candidato da
oposição à frente em MT pretendem chegar ao segundo turno. Algo
extremamente difícil nas condições atuais. Uma alternativa seria
combaterem entre si, coisa esdrúxula, já que compõe o mesmo
esquema de gestão e conduta política. Em processo de “queimação”,
o candidato que o PT permitiu, após uma escalada de autofagia e
apagão de lideranças, é guindado por uma armadilha. A mesma
montada para sucumbir com a perspectiva política do ex juiz federal.
Caminho célere para desgaste do seu capital político. São vítimas
das artimanhas de uma experiente “raposa” política que consegue
tutelar o maior partido da base aliada governista (PMDB). É hábil
para desgastar neófitos nesta cultura, como os dois aqui citados.
Colocando-os em caminhos conspurcados, para não mais ousarem ser
paladinos de nada que impeça malfeitoria. Muito menos da justiça
política real e equitativa, ameaça para suas pretensões de
continuar “chafurdando” no poder. O que levaria agentes políticos
sóbrios a mudanças de princípios? Talvez um dos vieses , “olho
grande”, sede de poder e a crença na impunidade. O ritmo já
assinalado do embate eleitoral é um cenário de desespero, desde a
candidatura a presidente da base aliada, ao governo de MT. O cenário
é de mentiras grotescas e baixarias vergonhosas. Talvez o candidato
do PT e base aliada possa para frente recompor-se. Quem sabe, ainda
com dividendos para ser candidato a deputado no futuro. Se fizer
autocrítica, voltar ao espaço contra hegemônico da sua história
política antecedente, na perspectiva de relegitimar seu nascente e
extemporâneo capital político. O principal candidato de oposição
em MT acumula cada vez mais forças, capital político crescente,
cercado de microconjunturas políticas tensionadas pela pressão da
cultura vigente, de práticas políticas e de gestão pública
execráveis. Na macroconjuntura, os eleitores querem mudanças.
Especialmente no enfrentamento das pressões na cultura política
tradicional e desviante. Concretizada a tendência, se eleito, o
desafio para impor uma diretriz política com princípios de ética
na gestão e na representação. É interessante a preocupação
contra os repasses financeiros desnecessários como para a AL e o TC.
Contra os feudos partidários de grupos e interesses privados
comandando a gestão pública. O desafio é retomar ao possível, uma
ética e moral política. As urnas abrirão possibilidades e novos
caminhos? Coisa pública não pode continuar como “cosa nostra”.
Waldir
Bertúlio
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