Aqui em Mato Grosso, após a queda do império de
contravenção João Arcanjo, sem que fossem investigadas as relações com
autoridades, o grupo mais recente que saqueou os cofres do Estado está com as
máscaras caindo. Imagine se Arcanjo conta o que sabe. Temos uma história de
verdadeiras gangues que saquearam o Estado e ainda passam por “gente de bem”.
Até que enfim, saiu a decisão do STF contrário ao financiamento privado de
campanha. A maioria do Congresso quer manter a qualquer custo seus privilégios
para facilitar a compra histórica de mandatos. Esse é um retrato geral do
Congresso, dos legislativos, manter a chave de permanência da corrupção. Após
eleitos, compromisso com o povo é “para boi dormir”. Maioria dos mandatos, a
representação dos interesses coletivos é uma farsa. Quanto a luta entre
Congresso e STF, especialmente a Câmara Federal, parlamentares não terão vergonha
em forçar um retrocesso, tentando medidas para manter o “status quo”. A decisão
do STF ocorreu praticamente em prazo final, após enfrentamento dos pedidos de
vistas para retardar ou atrapalhar a decisão, que teria que ser tomada até 2 de
outubro, um ano antes da próxima eleição. A OAB agilizou uma ADIN pela inconstitucionalidade
do financiamento privado de campanha em 2011. O processo só foi retomado em
2014. Para muitos, o Projeto de Lei seria uma deliberação infraconstitucional.
Só a aprovação de uma PEC poderia superar a decisão do STF. É isso que a
maioria do Congresso quer fazer. No entanto, o Presidente do STF deu como
encerrada a polêmica da constitucionalidade ou não, afirmando ter validade a
inconstitucionalidade para os partidos a partir de agora, e para as eleições de
2016 em diante. O Ministro Gilmar Mendes, a favor do financiamento privado de
campanha, entende que ainda é necessário o STF definir a partir de quando
entrará em vigor a decisão do STF contra o financiamento privado de campanha. O
PT, que nutriu-se de financiamento privado de campanha com dinheiro público (petrolão)
após assumir o poder, está mergulhado em franco desgaste e descrédito. A ponto
de formarem recente uma comissão nacional para assessorar o partido, que há
muito não conta com militantes e cabos eleitorais espontâneos. Exemplo: no
apoio a Dilma e Lula na 5ª “Marcha das Margaridas” em Brasília, lotando o Estádio
Mané Garrincha, com 40 mil mulheres lutadoras dos mais longínquos rincões do
Brasil, foram repassados recursos no valor de 900 mil doados pelo BNDES, Itaipu
e CEF. O Congresso Nacional do MST em 2014 teve patrocínio da Petrobras
(650.000), BNDES (450.000), e CEF (200.000). Com a justiça nos calcanhares,
isso será bastante dificultado. A coalizão de partidos baseou-se no
aparelhamento da máquina pública em todos os níveis de governo, até as Estatais
e Fundos de Pensão. Fome incontrolável de arrecadação e gastos em contas
falseadas. Toma lá dá cá, garantia de impunidade, qualquer menção a desvios
virou demonização e golpismo dos “inimigos da democracia”. Como no caso do financiamento da campanha da
Presidente em 2014. O Ministro do TSE foi advogado de campanha da Presidente,
não declarou-se impedido neste processo. Independente de ser ou não favorável
ao Impeachment, é previsto na Constituição Federal. Assim caiu Collor, com o PT
ocupando as ruas, como também no fora FHC. Nada de golpismo, quando acuados invertem
a concepção democrática. Os argumentos do Procurador Geral da República ao TCU
sobre as “pedaladas fiscais”, são ridículos. Não é novidade que tenham
festejado o orçamento de 2016 por não ter maquiagem! Da cultura da mandioca à
“mulher sapiens”, ao “cachorro oculto em cada criança”, ao ser “surpreendida”
pela crise anunciadíssima, apela acusando golpes dos inimigos de sempre. O
mentor Lula e a pupila Presidente caminham entre a ingenuidade e a perversão do
maquiavelismo? Enquanto isso, João Vaccari e Renato Duque, próceres do PT,
pegaram agora 15 e 28 anos de prisão.
Acuados, Lula e Dilma ainda acreditam que mentiras repetidas
insistentemente viram verdades. Minha mãe, minha avó, diriam: “falta uma réstia
de honestidade no trato com o povo”!
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