domingo, 8 de setembro de 2013

Política, Mandatos e Locupletação


O cenário que temos na Câmara de Vereadores de Cuiabá é triste e vergonhoso. Muitos pensavam que a renovação de mandatos traria a possibilidade de representação conseqüente no exercício parlamentar. Ledo engano, lá está a maioria de vereadores em primeiro mandato que elegeu um presidente com ligações de campanha eleitoral nada recomendáveis. Os vereadores têm o que merecem, adentrando ao “toma - lá dá- cá” e em beneficio de si próprios. Fiquei curioso e fui ver a proposição do projeto de Lei do vereador Presidente, que interfere na Legislação do Uso do Solo Urbano, deste que foi destituído de seu cargo pelos (im)pares e mantido seu retorno por ordem judicial, graças a erro crasso malversando o relatório de votação. A verdade, o que vi na proposta do vereador foi a defesa de empreiteiros e especuladores imobiliários, muito longe de pensar no compromisso de termos uma cidade onde possamos viver com dignidade. Que nova geração é esta? Lixe-se novamente o povo! Este embate, com certeza não é do bem público, é a oposição entre o autoritarismo e coronelismo e a busca de ampliar benesses para os que deveriam representar a população. Interesses dignos não percorrem esta agenda, salvo raros parlamentares que tentam manter-se em um limite da linha de decorosidade política. Deste jeito, para que servirá esta Câmara de Vereadores? É preciso pressioná-la e sacudi-la! Reproduzem o mesmo estiolamento político da Assembléia Legislativa e da Câmara Federal. Esta última mostrou ao povo brasileiro e ao STF, no caso da absolvição do deputado federal Natan Donadon, que não é digna de respeito. É de fato um lugar da malversação política, da transgressão moral e do acolhimento da contravenção. Donadon, já condenado, foi primeiro deputado preso no exercício de sua função após a ditadura militar. E aí, o que resta para fazer justiça neste cenário? Outros réus do mensalão estão na fila e em condições semelhantes, os Deputados João Paulo Cunha, José Genoino, Waldemar Costa Neto e Pedro Henry, na história política de Mato GROSSO na minha geração, se todos contraventores e riquezas ilícitas fossem investigados, teríamos que construir andares de prisões. Verdade é, que o STF vai consolidando seu entendimento sobre corrupção, tendencialmente dificultando manobras para que réus já condenados sejam favorecidos. Por que ainda não questionaram a necessidade de que o Ministro Dias Toffoli, visceralmente ligado às hostes petistas do antigo Campo Majoritário do PT ( Carlos Abicalil, Alexandre Cesar) e a José Dirceu, não se dá por impedido neste julgamento?

Waldir Bertúlio

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