Os levantes da nova geração saída
das quatro paredes dos computadores em diálogo, arrasta as velhas e vindouras
gerações, seguindo a trilha dos sonhos e da utopia, onde se aprende a caminhar
para o futuro. Seguir caminhos sonhando de olhos abertos, no longo aprendizado
de firmar os pés no chão, perceber a realidade, mostrar a cara, erigindo a
construção do BASTA! A quê? A falta de distribuição do poder e da
indecorosidade na gestão pública, e toda forma de desvio ético e da perspectiva
democrática. Contra as desigualdades, o preconceito e a violência em todos os
seus matizes. O peso dos impostos nos últimos 10 anos saiu de 30,03% para
aproximar-se de 40%, sugando mais de 2 trilhões da economia do pais. Em Mato Grosso, a
crescente arrecadação não corresponde a investimentos necessários. Segundo o
Banco Mundial, empresas precisam trabalhar 13 vezes mais para pagar tributos do
que em países desenvolvidos. Cada cidadão em nosso país paga em media mais de 7
mil reais em tributos, gastando mais de 4 meses de trabalho. Quanto houver de
arrecadação a mais, não basta para a fome de dinheiro que o governo tem para
manter-se no poder a qualquer preço. O numero de ministérios, secretarias e
novas estruturas e funções, especialmente no governo Federal, nos Estados e
Municípios, é cada vez maior para atender ao saque do apoio para medidas que
garantam as próximas eleições. A estrutura e funcionamento da gestão pública
virou literalmente ”Cosa Nostra”. Quebraram-se os liames entre o público e o
privado; os políticos em sua maioria esmagadora tornaram-se proprietários da
coisa pública, dos seus mandatos e do crime na manutenção e aprofundamento das carências
demandadas pela sociedade. Crimes do desvio do dinheiro público, cortando o acesso
de qualidade a políticas publicas, ora evidenciadas na saúde, educação,
transporte coletivo público, segurança pública e abastecimento alimentar.
Coisas que batem na ”hora a hora” da
população. Preços de produtos básicos ganharam de longe da inflação no
ultimo ano. Ora, todos têm que comer e deslocar-se, o povo sabe exatamente que
a carestia avança nos preços constantemente remarcados. Pequenas coisas? A
demanda é por justiça real, distributiva, contra a concentração e autoritarismo
do poder político. Ouvi na ultima mobilização de rua: ”Nada vai acontecer? Os
bandidos não estão na cadeia!”. Ética ,
verdade e decência política não valem
“um pequi roído?”
Waldir Bertulio
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