segunda-feira, 1 de julho de 2013

Não somos marionetes! II



Os levantes da nova geração saída das quatro paredes dos computadores em diálogo, arrasta as velhas e vindouras gerações, seguindo a trilha dos sonhos e da utopia, onde se aprende a caminhar para o futuro. Seguir caminhos sonhando de olhos abertos, no longo aprendizado de firmar os pés no chão, perceber a realidade, mostrar a cara, erigindo a construção do BASTA! A quê? A falta de distribuição do poder e da indecorosidade na gestão pública, e toda forma de desvio ético e da perspectiva democrática. Contra as desigualdades, o preconceito e a violência em todos os seus matizes. O peso dos impostos nos últimos 10 anos saiu de 30,03% para aproximar-se de 40%, sugando mais de 2 trilhões da economia do pais. Em Mato Grosso, a crescente arrecadação não corresponde a investimentos necessários. Segundo o Banco Mundial, empresas precisam trabalhar 13 vezes mais para pagar tributos do que em países desenvolvidos. Cada cidadão em nosso país paga em media mais de 7 mil reais em tributos, gastando mais de 4 meses de trabalho. Quanto houver de arrecadação a mais, não basta para a fome de dinheiro que o governo tem para manter-se no poder a qualquer preço. O numero de ministérios, secretarias e novas estruturas e funções, especialmente no governo Federal, nos Estados e Municípios, é cada vez maior para atender ao saque do apoio para medidas que garantam as próximas eleições. A estrutura e funcionamento da gestão pública virou literalmente ”Cosa Nostra”. Quebraram-se os liames entre o público e o privado; os políticos em sua maioria esmagadora tornaram-se proprietários da coisa pública, dos seus mandatos e do crime na manutenção e aprofundamento das carências demandadas pela sociedade. Crimes do desvio do dinheiro público, cortando o acesso de qualidade a políticas publicas, ora evidenciadas na saúde, educação, transporte coletivo público, segurança pública e abastecimento alimentar. Coisas que batem na ”hora a hora” da  população. Preços de produtos básicos ganharam de longe da inflação no ultimo ano. Ora, todos têm que comer e deslocar-se, o povo sabe exatamente que a carestia avança nos preços constantemente remarcados. Pequenas coisas? A demanda é por justiça real, distributiva, contra a concentração e autoritarismo do poder político. Ouvi na ultima mobilização de rua: ”Nada vai acontecer? Os bandidos não estão na cadeia!”.  Ética , verdade e decência política não valem  “um pequi roído?”

Waldir Bertulio

Nenhum comentário:

Postar um comentário